GARGANTA

As causas mais comuns de RGE são os fatores que reduzem a pressão do esfíncter esofágico inferior, e incluem a hérnia de hiato e uma série de substâncias como a gordura da dieta, chocolate, balas, tabaco, etanol e muitas drogas. Outras causas menos comuns incluem a motilidade esofágica anormal, esvaziamento gástrico tardio, pressão intra-abdominal aumentada e hipersecreção gástrica.

O tratamento tem três fases:

1. Modificação do estilo de vida, incluindo a elevação da cabeceira da cama em 15-20cm, perda de peso, evitar o excesso alimentar e evitar a ingestão de alimentos ao deitas. O tabaco, álcool e cafeína devem ser eliminados.
2. Terapia farmacológica, incluindo bloqueadores H2 (i. e., ranitidina) ou inibidores da bomba de prótons (i. e., omeprazol).
3. Se estas tentativas falharem, a cirurgia pode ser considerada (fundoplicação de Nissen).

Rouquidão é um termo vago que os pacientes usam frequentemente para descrever uma alteração na qualidade da voz, variando do engrossamento da voz à voz fraca. Porém, o termo pode refletir anormalidades de qualquer ponto do trato vocal, da cavidade oral aos pulmões. Idealmente, o termo rouquidão refere-se a uma disfunção laríngea causada por vibração anormal das cordas vocais.

A vantagem primária é a simplicidade e conforto para o paciente. O procedimento é facilmente realizado no consultório e fornece uma boa visão da laringe. Este procediemto é desvantajoso pois uma cabo de fibra óptica é usado, e a visão da laringe não é tão boa como um telescópio de Hopkins ou visualização direta, com ou sem microscópio. Embora não impossível, a biópsia ou injeção na corda vocal são mais complexas via laringoscopia por fibra óptica, e otras manipulações cirúrgicas, por exemplo dilatação, são quase impossíveis.

As amígdalas e adenóides são estruturas linfóides; assim, desempenham um papel na imunologia e defesas do hospedeiro, especificamente do trato aerodigestivo. Seu papel completo é desconhecido. Porém, estas estruturas desmontraram estar envolvidas na produção de anticorpos e, mais notavelmente, na produção de IgA secretora, a qual desempenha um importante papel nos mecanismos de defesa mucosos.

  • Apnéia do sono obstrutiva ou cor pulmonale
  • Tonsilite resultando em convulsões febris
  • Neoplasia maligna ou suspeita de neoplasia maligna
  • Sangramento tonsilar persistente ou recorrente
  • Tonsilite recorrente aguda ou crônica
  • Abcesso peritonsilar
  • Dor de garganta recorrente
  • Infecções recorrentes do trato respiratório superior
  • Adenite cervical
  • Tonsilolitíase
  • Distúrbios na alimentação ou deglutição
  • Anormalidades orofaciais e dentárias
  • Halitose
  • Doença recorrente ou crônica do ouvido médio
  • Hipertrofia adenóide obstrutiva
  • Apnéia do sono
  • Respiração bucal obrigatória ou ronco
  • Adenoitide recorrente, aguda ou crônica
  • 7 infecções em 1 ano (não necessariamente infecções positivas para estreptococos)
  • 5 infecções/ano por 2 anos consecutivos
  • 3 infecções/ano por 3 anos consecutivos
  • >2 semanas de faltas á escola ou trabalho em um ano qualquer

Se nem todo o tecido linfóide é removido durante a amigdalectomia e adenoidectomia, o tecido residual pode se hipertrofiar e novamente causar sintomas.

O sistema imune diferencia o que pertence ao corpo do que não pertence. Enquanto reconhece e protege os componentes corporais, identifica e elimina qualquer elemento estranho ao corpo. Esta função é desempenhada pelas células (macrófagos, monócitos, mastócitos, linfócitos, neutrófilos, eosinófilos, basófilos) e moléculas que elas produzem (imunoglobulinas, linfocinas, interleucinas, interferons).

OUVIDO

Audiometria é uma representação gráfica dos limiares de respostas auditivas, que são obtidos testando-se a audição do paciente com estímulos de tom puro. Os parâmetros da audiometria são a frequência, medida em ciclos por segundo (Hz), e a intensidade, medida em decibéis (dB), A audiometria típica é determinada estabelecendo-se os limiares auditivos para sons de frequência única em 250, 500, 1000, 2000, 4000 e 8000 Hz.

O ouvido humano relatadamente pode detectar sons na faixa de frequência de 20-20000Hz. Porém, o adulto típico somente pode detectar frequências entre 200-10000Hz. O espectro de frequêcias da fala varia de 400-3000Hz.

A impactação de cerume provavelmente é a causa mais prevalente de disacusia condutiva. Excluindo o cerume, a causa mais comum entre as idades de 15 e 50 anos é a otosclerose. Aproximadamente 1% da população é afetada pela otosclerose.

O cerume impactado que oclui completamente o canal pode levar a uma perda de 34-40dB.

A otosclerose é uma anormalidade do metabolismo e mobilização ósseos, afetando a cápsula ótica dos ossículos. A rigidez e fixação da platina do estribo ocorrem secundárias à esclerose densa, e causam disacusia condutiva. A estapedectomia tem uma taxa de sucesso de 90-95% em melhorar a audição.

Presbiacusia é uma DN lentamente progressiva, simétrica, que se apresenta em pessoas acima de 60 anos. Mais de um terço das pessoas acima de 75 anos são afetadas pela presbiacusia. Embora estudos tenham tentado ligar o ruído, ototoxicidade, dieta, metabolismo, arteriosclerose e fatores hereditários a este distúrbio, a causa permanece incerta. A perda é usualmente maior em frequências >2000Hz, e tende a ser acompanhada por uma redução significativa na discriminação da fala. Frequentemente, os paciente podem ouvir a conversação, mas são incapazes de interpretar as palavras, independente da altura em que a fala é apresentada. Próteses auditivas podem ser úteis.

Salicilatos, aminoglicosídios (gentamicina, tobramicina, amicacina), eritromicina e diuréticos de alça ( furosemida, ácido etacrínico, bumetanida) são drogas comumente usadas associadas à disacusia. A perda é tipicamente bilateral e pode ser permanente.

A prótese auditiva tradicional consiste em cinco componentes principais: um microfone, um amplificador, um receptor, um controle de volume e uma bateria como fonte de energia. A função da prótese auditiva é amplificar os sinais estapedianos, o que ela obtém através de três estágios básicos que correspondem aos principais componentes da prótese auditiva. No primeiro estágio, o diafragma do microfone converte a energia elétrica. O segundo estágio envolve o amplificador, o qual reforça o sinal elétrico. No estágio final, o receptor transforma novamente o sinal elétrico amplificado em um sinal estapediano, o qual é então transmitido ao ouvido.

Pacientes com disacusia que manifestam dificuldades de comunicação, objetivamente ou subjetivamente, podem se beneficiar da amplificação da audição. Devido à tecnologia atual, os fonoaudiólogos são capazes de adequar a prótese a quase todos os pacientes com tipos e graus variáveis de disacusia.

Otite externa é uma condição inflamatória comum envolvendo a pele do canal auditivo externo. Uma história prévia de trauma do canal auditivo ou exposição à água é comum, daí o termo “ouvido de nadador”. Os sintomas incluem otalgia, prurido e otorréia fétida. O canal auditivo pode parecer levemente eritematoso. Se a infecção é severa, o edema pode obstruir completamente o canal. O ouvido e seu canal podem estar muito sensíveis. Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus são os patógenos primários. O tratamento inicia com debridamento local e a administração de gotas de antibióticos e esteróides. Em casos de edema severo do canal, um cotonete impregnado de antiinflamatório deve ser colocado cuidadosamente no canal e deixado ali por 2-7 dias.

A otomicose refere-se a uma infecção fúngica ou candidíase do canal auditivo externo. Os sintomas são similares àqueles da otite externa; porém, o prurido é um sintoma mais comum que a otalgia. No exame do canal auditivo, a doença pode ser reconhecida facilmente pela visualização dos micélios fúngicos. A umidade, alta temperatura, má higiene e imunossupressão parecem contribuir ao desenvolvimento desta condição. Os organismos causais usualmente são Aspergillus albicans, A. Niger e Candida albicans. O tratamento inicia com o debridamento do canal auditivo. Um fungicida tópico, como a nistatina em pó, cresilato, pó de ácido bórico a 4% ou violeta de genciana a 1% deve ser aplicado. A aplicação de gotas de corticóides ou de outros antimicrobianos pode exacerbar a otomicose.

As perfurações podem ser causadas por corpos estranhos, como grampos de cabelo ou cotonetes. O trauma ao ouvido pode causar compressão de ar suficiente no meato externo para romper o tímpano. Uma arma de fogo também pode causar suficiente deslocamento de ar, levando à ruptura da membrana timpânica. A membrana, em geral, fecha espontaneamente, mas perfurações residuais podem ser reparadas com cirurgia.

As três funções clássicas da trompa de Eustáquio são aeração, limpeza e proteção do ouvido médio. A característica da disfunção da trompa de Eustáquio é um derrame no ouvido médio. Porém, os sinais e sintomas variam de paciente para paciente. Os pacientes podem experimentar m ruído de “pop” intermitente no ouvido, na ausência de derrame no ouvido médio. Aqueles com derrames no ouvido médio podem relatar otalgia, sensação de plenitude no ouvido, disacusia ou vertigem. Os pacientes podem mesmo ser assintomáticas. Os sinais do derrame no ouvido médio incluem mobilidade limitada à otoscopia pneumática e perda das características normais.

Ao avaliar um paciente com tontura, é importante tentar definir o sítio da lesão. A tontura pode ser descrita como vestibular ou não-vestibular. Uma lesão vestibular pode estar localizada no sistema vestibular periférico ou central. Os processos não-vestibulares podem resultar de doença sistêmica ou ansiedade.

A vertigem postural paroxística benigna (VPPB). Caracteristicamente, episódios súbitos de vertigem são precipitados por movimentos específicos da cabeça, frequentemente envolvendo a extensão e rotação do pescoço. Por exemplo, o paciente pode queixar-se de vertigem precipitada por virar-se na cama ou por olhar para cima. Estes episódios breves duram <1 minuto. Perda auditiva, plenitude aural e zumbido não são típicos. Embora a VPPB ocorra mais comumente no idoso, pode ocorrer em qualquer idade. Esta condição é usualmente autolimitada e cede espontaneamente em semanas a meses. As manobras terapêuticas podem resultar em resolução imediata dos sintomas.

A VPPB é causada pela presença de partículas pesadas em um dos canais semicirculantes, possivelmente otolitos que se deslocaram do utrículo. O movimento destas partículas com a gravidade causa estímulo do canal. Uma vez que o canal somente percebe a rotação, a gravidade é confundida com um movimento giratório. Embora este distúrbio usualmente desapareça sem tratamento em poucas semanas, o curso frequentemente pode ser dramaticamente encurtado utilizando manobras terapêuticas da cabeça, designadas para rotar as partículas para fora do canal afetado. A manobra de Epley, também denominada procedimento de reposicionamento dos canalitos, tem-se mostrado muito útil, com uma taxa de sucesso próxima de 90%. Os programas de reabilitação vestibular, nos quais os pacientes desencadeiam repetidamente ataques de vertigem, também se mostraram efetivos. Se nenhum destes procedimentos auxiliar, a ablação cirúrgica do ouvido ou bloqueio do canal afetado irá cessar as crises.

Zumbido (tinido) vem da palavra latina tinnire, que significa “fazer som de campainha” é descrito como uma sensação sonora que se origina na cabeça e não é atribuída a qualquer som externo perceptível.

Sim. Cerume, cabelos ou corpos estranhos em contato com a membrana timpânica têm sido associados ao zumbido. Uma grande proximidade do côndilo mandibular ao canal auditivo externo também deve ser excluída por uma história cuidadosa e exame dirigido.

Oitenta e cinco por cento dos pacientes com zumbido têm perda auditiva audiometricamente documentada na faixa de 250-8.000Hz. Porém, a presença de zumbido não implica absolutamente em perda auditiva.

O barotrauma ao ouvido externo ou “compressão do canal” frequentemente ocorre em mergulhadores com cerume impactado. O ar abaixo da oclusão permanece com a mesma pressão da superfície, enquanto a pressão circundante e a pressão no ouvido médio aumentam, à medida que o mergulhador desce. Ocorre um vácuo relativo, resultando no desenvolvimento de dor de ouvido e congestão da pele do canal e membrana timpânica.

O ouvido normal tem um ângulo entre o pavilhão auditivo e a cabeça de 25-30°. O bordo helicoidal estende-se a <20mm da mastóide, e uma cruz anti-helicoidal bem definida está presente. O ouvido proeminente ou protruso tem anormalidade em uma ou mais destas medidas. Tipicamente, o ouvido protruso tem um ângulo auriculocefálico próximo de 90°, um bordo helicoidal a >20mm da mastóide e uma fossa escafóide deficitára em pregas ou cruzes anti-helicoidais.

O melhor momento para corrigir os ouvidos proeminentes é entre os 4-6 anos. Nesta idade, o crescimento do ouvido está essencialmente completo e a correção é completada antes da idade escolar, quando as ciranças tornam-se sujeitas à ridicularização por seus colegas. Pelas mesmas razões, 6 anos também é a idade mais apropriada para a reconstrução da microtia.

NARIZ

A respiração normal se dá com passagem de ar pelo nariz. Quando há uma obstrução da “via normal”, o organismo passa a usar outra via, no caso a via oral, chamada de respiração bucal de suplência.

As crianças, proporcionalmente, têm fossas nasais mais estreitas que os adulto. Contudo, isoladamente isso não levaria a respiração bucal. O que ocorre na maioria das vezes é que há uma somação dessa obstrução com a presença de hipertrofia de adenóide (popularmente conhecida como carne-esponjosa), causando dessa forma uma obstrução tamanha que o organismo precisa “abrir a boca” para que seja possível a entrada de ar. Muito comumente coexiste um quadro de rinite alérgica, que promove uma inflamação da mucosa nasal (revestimento interno do nariz) levando ao seu inchaço e assim prejudicando ainda mais a passagem do ar. Nesses casos é fundamental a realização de um exame otorrinolaringológico para diagnosticar o problema, pois com o tratamento correto na maioria das vezes é possível melhorar e muito a respiração da criança.

A gripe é uma doença viral que acomete todo o trato respiratório. No nariz, leva a um edema mucoso e inflamação das glândulas mucosas produzindo a coriza e a obstrução nasal. Contudo este quadro deve durar de 5 a 7 dias. Quando o paciente apresente esses sintomas de maneira “quase” constante, tudo indica que o mesmo tenha um quadro de rinite alérgica. A rinite alérgica é uma doença inflamatória do revestimento interno do nariz (mucosa nasal) causada pelo contato com substâncias não toleradas pelo paciente (ex: pólen de flores, perfumes fortes, poeira, ácaros…. etc..). Quando ocorre o contato, uma série de substancias são liberadas pelo organismo, levando a inflamação da mucosa, que de maneira bem simplificada, irá levar aos mesmos sintomas da gripe, coriza nasal aquosa, obstrução nasal e em quase todos os casos muita coceira no nariz (prurido nasal), além dos espirros.

Como visto anteriormente, a rinite alérgica provém de uma irritação da mucosa pelo contato com substâncias indesejáveis. Sendo assim, o organismo produz um fluxo de ar de alta velocidade afim de “varrer” e expulsar todos essas partículas irritantes. É muito comum os pacientes com rinite alérgica se queixarem de crises de espirros (4, 5 ou mais espirros em seqüência) principalmente pela manha.

De fato, até hoje não se descobriu uma cura definitiva para a rinite alérgica. Contudo, as medicações disponíveis no mercado e os procedimentos cirúrgicos podem ajudar, e muito, os pacientes que sofrem com os sintomas da rinite alérgica. Veja só; para aqueles pacientes nos quais as principais queixas são a coriza nasal e a coceira no nariz, o uso de anti-alérgicos orais (principalmente nas crises) associado ao uso dos spray’s nasais a base de cortisona costumam ser capazes de melhorar significativamente os sintomas. Caso a queixa do paciente seja a obstrução nasal e haja um aumento significativos dos cornetos nasais em conjunto com a rinite alérgica, a cirurgia dos cornetos ou turbinoplastia costuma ter excelentes resultados.

Por sinusite entende-se a inflamação infecciosa ou não dos seios da face. Caso a sinusite tenha sido causada por bactérias, o uso de antibióticos consegue na maioria das vezes eliminar os processo infeccioso e “curar” o paciente. No entanto, o que ocorre na maioria das vezes, é que alterações extra-seios da face (desvios de septo por exemplo) causam problemas na drenagem das secreções produzidas nos seios. Essas secreções represadas se infectam com muita facilidade, tornando os episodio de sinusite muito recorrentes. Então, quando o paciente tem uma infecção, faz uso de antibióticos, fica curado e pouco tempo depois tem outra sinusite. Não adianta ficar tratando o paciente seguidamente com antibióticos sem saber o que vem causando a recorrência dos quadros. Em grande parte das vezes a cirurgia dos seios da face ou simplesmente a cirurgia do septo é capaz de solucionar este problema.

Os seios maxilares localizam-se numa região logo abaixo dos olhos e logo acima da arcada dentária superior. Sendo assim, não é raro que pacientes com sinusites maxilares queixem-se de dor ou sensibilidade aumentada nos dentes superiores. É fundamental a realização de uma tomografia computadorizada para diagnosticar corretamente o problema em questão.

  • A dor proveniente dos processos infecciosos dos seios da face costuma se manifestar com uma dor do tipo “pressão” ou “aperto” em cima do seio acometido. Apesar da dor “pulsátil” ter uma relação muito intima com os quadros de enxaqueca/migranea, não se pode descartar o diagnóstico de sinusite. É necessário um exame otorrinolaringológico para afastar completamente a sinusite.

O funcionamento do nariz é regido pelo sistema simpático/parassimpático, e a essa troca de estados se da o nome de “ciclo nasal”. Ela é completamente normal e está presente em todos nós. Alguns não percebem porque tem um lado mais obstruído por um desvio no septo ou porque o ciclo é “mascarado” pelos sintomas da rinite alérgica.

Além do olfato e da respiração, o nariz aquece, umidifica e limpa o ar inspirado. A temperatura do ar inspirado aumenta até próximo à temperatura corpal no momento em que alcança a faringe. Similarmente, a umidade aumenta para 100%, independente da umidade ambiente. Na expiração, o nariz remove a água do ar expirado, mantendo a hidratação, e remove o calor, prevenindo a hipotermia. As partículas maiores no ar inspirado são removidas anteriormente pelas vibrissas. As partículas progressivamente menores são removidas dentro do vestíbulo nasal por impactação direta ou atração eletrostática pelo revestimento mucoso nasal. Os cílios movem o muco posteriormente, como uma esteira rolante, fazendo o revestimento mucoso recoberto de material particulado esvaziar-se no estomâgo.

O ciclo nasal foi primeiramente descrito por Kayser em 1895, e tem sido estudado com uma série de técnicas, mais notavelmente pela rinomanometria. A resistência total ao fluxo aéreo nasal permanece relativamente constante devido às relações recíprocas entre a resistência de cada passagem nasal. Foi observado em até 80% dos indivíduos normais, a maioria dos quais não tem consciência da alteração no fluxo de ar, uma vez que a resistência total permanece constante. Acredita-se que os ciclos alternados de congestão e descongestão em cada lado do nariz estejam sob controle da inervação autônoma do nariz, possivelmente a inervação adrenérgica, através da ação do plexo vascular especializada descrito previamente. Também é observado em crianças e animais.

A deformidade caudal envolvendo a septo cartilaginoso anterior. Usualmente, a cartilagem é deslocada para fora da crista maxilar, situando-se na cavidade nasal esquerda ou direita, dependendo da direção da força. O septo caudal (anterior – maior parte do septo cartilaginoso) projeta-se na cavidade nasal, causando sintomas obstrutivos.

Embora os splints intranasais tenham sido indicados (Gilchrist, 1974) como uma medida preventiva para a formação de aderências nasais pós-operatórias, estudos recentes encontram que eles não reduzem a taxa de formação de aderências. Muitos pacientes acham-nos muito desconfortáveis e significantemente dolorosos. Além disso, os splints intranasais podem contribuir para perfurações septais. A higiene nasal adequada em sido proposta como um estratégia alternativa para reduzir a formação de aderências nasais.

Embora controversas, existem opções cirúrgicas para o manejo da rinite. A maioria dos procedimentos cirúrgicos são dirigidos a aspectos mecanicos-obstrutivos. As opções podem reduzir a congestão nasal e melhorar a penetração da medicação aplicada topicamente. As cirurgias incluem a septoplastia para o reparo de septos desviados, polipectomias, fratura externa dos cornetos inferiores e turbinectomia inferior total ou parcial. Os cornetos inferiores também podem ser tratados com cautério eletroquímico ou criocirurgia. A criocirurgia dos cornetos inferiores com secção do nervo vidiano também tem fornecido alívio do aspecto secretor da rinite vasomotora.

Em termos gerais, sinusite é a inflamação dos seios paranasais, cuja etiologia inclui tanto agentes infecciosos quanto mecanismos alérgicos.

A tomografia computadorizada (TC). Cortes coronais delgados efetivamente permitem a visualização do complexo osteomeatal e seios etmóides. A injeção de contraste não é necessária ao avaliar a sinusite, mas pode ser valiosa se existe suspeita de neoplasia maligna.

CESF (em inglês, FESS) é um acrônimo para cirurgia endoscópica sinusal funcional, um termo que descreve as técnicas endoscópicas que revolucionaram a abordagem à doença dos seios da face. Estas técnicas foram inicialmente desenvolvidas na Europa por Messerklinger e Stammberger, e foram popularizadas nos EUA na década de 80 tendo como ícone nacional o Dr Alexandre Felippu. O procedimento visa restaurar a fisiologia funcional da aeração e drenagem do seio através do complexo osteomeatal, enquanto minimiza a intervenção cirúrgica. Uma TC coronal acurada, junto com avanços na instrumentação e técnicas endoscópicas, levou ao desenvolvimento da CESF.

Rinoplastia é uma cirurgia plástica que envolve o reposicionamento e/ou refinamento do esqueleto e tecidos moles nasais. Esta cirurgia serve para melhorar a função, a estética facial ou ambas. A obstrução é o problema funcional mais comumente visado. Frequentemente, uma septoplastia é incorporada à cirurgia. A preocupação estética frequentemente é dirigida a uma giba dorsal nasal, uma ponta nasal mal-definida ou uma deformidade adquirida por trauma.

É importante liberar os ossos nasais de modo que possam ser manipulados a suas posições desejadas. As osteotomias mediais liberam os ossso nasais do septo nasal. As osteotomias laterais liberam os ossos nasais da maxila. Embora possa parecer muito reto no perfil do paciente, o nariz parece muito amplo e malformado na vista frontal. Com as osteotomias, os ossos nasais são quebrados cirurgicamente e inclinados medialmente, de modo que fiquem novamente em continuidade com a linha média.

Ambos os splints nasais, interno e externo, podem ser usados. Os splints externos são colocados sobre o dorso nasal e podem ser construídos a partir de diferentes materiais. Em geral, os splints para o dorso nasal são primeiramente preparados utilizandouma solução de preparação de pele. O splint é formado e colocado sobre o esparadrapo. Ele é usado para manter os ossos nasais em sua posição desejada durante o início da cicatrização, sendo usualmente removido em cerca de 7 dias de pós-operatório. Se uma septoplastia foi realizada, splints nasais internos frequentemente são colocados ao longo de cada face lateral do septo nasal. Estes usualmente são feitos de material flexível como o Silastic, e usualmente são mantidos no lugar com suturas através do septo. O objetivo destes splints é manter o septo na linha média e ajudar na prevenção do hematoma septal. Eles também são removidos em cerca de 7 dias de pós-operatório.

Os resultados não devem ser considerados finais até no mínimo 6 meses de pós-operatório. Embora os ossos possam cicatrizar em cerca de 6 semanas, edema dos tecisos moles associado à rinoplastia levará mesmes para se resolver completamente. O edema na ponta nasal é especialmente lento em se dissipar. Os pacientes devem ser conscientizados deste fato no pré-operatório, de modo que não fiquem desapontados com os resultados pós-operatórios imediatos. Além disso, se forem necessárias revisões, o cirurgião deve aguardar no mínimo 6 meses entre as operações.

SONO

Nosso Sono é, de forma objetiva, um estado comportamental gerado por atividade neuronal e se caracteriza pelo desligamento reversível da percepção do ambiente, diminuição do estado de consciência e da resposta a estímulos externos e internos.

Muito ainda falta para definir esse estado, mas sabemos que ele possibilita um conjunto de ações fisiológicas que promovem a saúde física, bem estar e qualidade de vida.

O exercício é considerado um tratamento efetivo. Recentes estudos sugerem que adolescentes com atividades físicas experimentam uma boa noite de sono , entre adultos com SAOS serve como tratamento associativo ou em alguns casos como intervenção isolada.

Trabalhos mostram que os adultos dormem entre 6 e 8 horas, sem considerar a sua qualidade e sua saciedade. Mas sabe-se que a necessidade de Sono pode variar com a base da vida, personalidade, tipo de atividade e quadro de saúde. Crianças, estudantes, doentes, intelectuais necessitam de mais horas de sono.

A maioria dos estudos identifica 7 a 8 horas. Contudo a qualidade é a grande questão a ser abordada na maioria dos casos.

12% da população, em média, apresenta padrões conhecidos como matutinos: acordam bem cedo, sem sono, dispostos a realizar qualquer atividade, preferem dormir cedo. Cerca de 8% a 10% das pessoas tendem a acordar e deitar tarde e preferem desempenhar suas atividades à tarde ou à noite, períodos de pouca sonolência. São conhecidos como vespertinos.
Os demais são ditos indiferentes e possuem um padrão mais regular de Sono.

Indo regularmente nos 7 dias da semana no mesmo horário para dormir e acordando da mesma forma .A regularidade torna-se importante para estabilizar nosso relógio biológico interno permitindo assim o adormecimento  e sua manutenção  sem interrupções .

Microssono seria pequenos lapsos de sono entre 0.5 e 15 segundos associados com parcial ou total fechamento dos olhos e falta de respostas ao mundo externo.Muito relevante para profissionais que atuam com alerta alto e respostas imediatas como pilotos , controladores e motoristas no geral.

Quando percebemos sintomas de uma noite mal dormida, uma vez que o Ronco é acompanhado muitas vezes de pausas na respiração (Apnéia), devemos nos preocupar com os distúrbios respiratórios e com o aumento do risco cardiovascular provocados por eles.

Apnéias são interrupções da respiração por mais de 10 segundos. Literalmente é não respirar.

Os dois principais indicadores de que uma pessoa sofre de Apnéias Obstrutivas do Sono são o Ronco durante o sono e a excessiva sonolência diurna.

Ganho de peso
Levantar para urinar
Urinar na cama
Disfunção sexual
Depressão
Redução da memória
Déficit de atenção
Dor de cabeça pela manhã
Sono agitado
Boca seca ao acordar
Suor noturno
Pressão alta
Palpitações
Falta de ar
Irritabilidade
Problemas conjugais

Sim. Lançamos mão de toda a pluralidade da medicina. Depende da causa, da idade, da gravidade de cada caso, da aceitação e da adesão do paciente às medidas propostas. O tratamento é feito com aparelhos de Fluxo Contínuo de Ar, Aparelhos Intra-Orais, Medicação, Cirurgias Otorrinolaringológicas e Procedimentos.

A Polissonografia consiste no registro simultâneo de atividades do organismo durante a noite. Esses exames são feitos com aparelhos digitalizados, que são capazes de detectar o fluxo aéreo, o ronco captado por microfone, a posição do corpo, os movimentos do corpo e respiratórios e outras múltiplas variáveis, que permitem uma precisa análise do paciente durante a noite.

Os problemas tratados são Insônia, Apnéia, Bruxismo, Sonambulismo, Pernas Inquietas, Narcolepsia e outros Distúrbios do Sono.

O ronco é observado em até 12% em pré-púberes e em até 2% na população pediátrica. Em geral, o ronco é associado ao crescimento do tecido linfóide.

Muito raramente. Em geral, as crianças apresentam outros sintomas, como hiperatividade, agressividade, déficit de atenção e dificuldade de aprendizagem.

Em relação aos diversos sintomas que as crianças podem apresentar, temos como mais freqüentes o choro intenso e inconsolável (despertar confusional), o sonambulismo e o terror noturno (gritos, pavor, pedido de socorro). Estes distúrbios são mais freqüentes em crianças de ate dois anos.

Em geral, o bruxismo ocorre durante o sono superficial e deve ser diagnosticado com exame físico e polissonografia. Dessa forma, será também tratado corretamente.

A troca de consciência promovida pelo sono pode alterar as respostas físicas dele, levando-o a se machucar ou machucar as outras pessoas inconscientemente.

Isto se chama paralisia do sono e acontece quando nós despertamos do sono REM. Embora assustadora, a sua ocorrência é normal e acontece em até 40% das pessoas.

Apnéia do Sono central – A cessação no fluxo de ar é devido a uma falha transitória no esforço respiratório. O nervo frênico e o diafragma estão temporariamente inativos devido a uma falha intermitente nos centros de estímulo respiratório no SNC.

Apnéia do Sono obstrutiva (ASO) – Existe um esforço respiratório normal, mas uma obstrução temporária das vias aéreas superiores causa cessação intermitente do fluxo de ar.

Apnéia do sono mista – Exibe componentes de ambas as apnéias, central e obstrutiva, mas é considerada uma variante da ASO.

A ASO é o tipo mais comum de apnéia, e frequentemente envolve os cuidados otorrinolaringológicos. O tratamento da apnéia do sono mista é similar ao da ASO. A apnéia central geralmente é tratada por neurologistas e especialistas em sono.

Sim. Apnéia em crianças usualmente é devido à hipertrofia das amígdalas e adenóides. Outras causas incluem cistos nasofaríngeos, encefaloceles, atresia de coanas, desvio de septo nasal e mal-formações craniofaciais ou ortodônticas.

A pressão positiva contínua nasal sobre as vias aéreas (CPAP) é o tratamento não-cirúrgico mais efetivo da ASO. Uma máscara de ar com boa vedação é mantida sobre o nariz, fixada comum tira amarrada em torno da cabeça do paciente. A CPAP é mantida por uma máquina similar a um ventilador. Embora a CPAP nasal seja quase 100% efetiva em aliviar a ASO, é muito mal-tolerada. Mesmo quando inicialmene é bem sucedida, muitos pacientes (30% ou mais) eventualmene param de utilizá-la devido ao desconforto.

Os dispositivos retentores da língua e de posicionamento mandibular também podem ser implementados. Estes dispositivos abrem as vias aéreas mantendo a língua e/ou mandíbula para a frente durante o sono. Assim como na CPAP, o desconforto e baixa adesão ao tratamento são os principais problemas.

As modificações comportamentais, como a perda de peso a evitação de álcool e sedativos, também podem reduzir a ASO. Novamente, a adesão do paciente ao tratamento é o principal problema.

Finalmente, tentativas tem sido feitas para alterar a posição de sono do paciente, por exemplo costurar uma bola de tênis nas costas do pijama do paciente para desestimular a dormir de costas; em geral, estas abordagens não tem sido bem-sucedidas